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Sobre a Diabetes tipo 1
A Diabetes é uma doença metabólica popularmente conhecida como a doença do excesso de açúcar no sangue. O açúcar, ao entrar no nosso organismo, é transformado em glicose (muita atenção nessa palavra) que é a principal fonte de energia do nosso corpo. Mais para frente falaremos um pouco sobre como a glicose é metabolizada pelo nosso organismo e como todo o processo influencia na doença.
A doença é dividida em dois tipos, a tipo 1, está será detalhada nesta página, e a tipo 2. Sobre a diabetes tipo 2 você pode consultar mais informações no site www.diabetes2.com.br . É importante ressaltar que a causa do problema nos dois tipos são o excesso de açúcar (glicose) no sangue oque varia mesmo é o fator que da origem do problema.
Excesso de açúcar no sangue
Hiperglicemia é outro termo muito utilizado quando se fala em Diabetes, geralmente é usado junto com o seu antônimo Hipoglicemia. Vamos começar explicando a Hipoglicemia para entender todo o ciclo que compõe a Diabetes. A hipoglicemia acontece quando o nosso corpo está com baixo nível de glicose no sangue, os sintomas podem ser sentidos, por exemplo, quando ficamos muito tempo sem comer ou quando exageramos no consumo de bebidas alcoólicas, por isto é muito comum escutar que uma pessoa que bebeu muito acabou precisando indo parar no hospital para tomar “glicose na veia”.
Os sintomas de hipoglicemia são:
Hipoglicemia leve: Sudorese, nervosismo, tremores, tontura, palpitações e fome;
Hipoglicemia grave: Tontura, fadiga, fraqueza, dores de cabeça, incapacidade de concentração, confusão, fala arrastada, visão borrada, convulsões e coma.
Agora vamos para Hiperglicemia, que é o principal indicativo que a pessoa pode sofrer de diabetes. Hiperglicemia é o alto nível de glicose no sangue. Isto acontece quando a insulina ,hormônio responsável por quebrar retirar o açúcar do sangue e transportá-lo para dentro da células, está deficiente em nosso organismo.
No próximo tópico explicaremos mais sobre a Insulina, que é o hormônio no nosso corpo responsável por controlar os níveis de açúcar (glicose) no sangue.
Insulina (transportador de açúcar)
Nosso corpo se assemelha à uma máquina em vários sentidos, por exemplo quando deixamos de lubrificar uma máquina, ela enferruja e se degrada com o tempo. Apesar de ser uma comparação clichê, nosso corpo funciona da mesma forma. Há substâncias essenciais no nosso corpo que precisam estar sempre disponíveis em níveis adequados para que nosso corpo funcione bem. Aqui, neste artigo, trataremos de uma substância específica chamada INSULINA, ela é a responsável por manter os níveis de glicose sob controle em nosso sangue.
A insulina é um hormônio produzido exclusivamente pelo pâncreas e ela é liberada sempre que o corpo detecta um nível de glicose acima do normal no sangue. Um exemplo prático de liberação de insulina é: comer um doce ou um carboidrato de rápida absorção como: arroz, pão ,refrigerante, macarrão, doces.
Nosso corpo é tão inteligente que é capaz de detectar quando existe uma quantidade elevada de glicose no sangue e liberar a insulina, para o controle da glicose no sangue, somente quando os níveis estão altos, caso contrário nosso corpo entraria em um quadro hipoglicêmico (explicado no segundo tópico).
Bom, vamos ser práticos, que é o objetivo deste site. A insulina é responsável por fazer o transporte do açúcar do sangue para as células do nosso corpo, que ao receber esse açúcar, as utilizam como fonte de energia.
Voltando à comparação feita no início do texto, se os órgãos estão funcionando perfeitamente, neste caso mais específico, o Pâncreas (responsável pela produção da insulina), a insulina é liberada de forma correta e as moléculas de glicose são transportadas para dentro das células e você é abastecido de energia.
O ciclo é simples:
Alimento > Moléculas de glicose no organismo > Liberação de insulina produzida e excretada pelo pâncreas = Energia transportada para dentro das células do nosso corpo.
É importante saber:
A insulina, como falamos, é um hormônio produzido pelo pâncreas, porém ele pode ser um hormônio sintetizado (feito em laboratório) também.
Diabetes Tipo 1
Lembra que falamos sobre a insulina e que ela é produzida no pâncreas? Na diabetes tipo 1 a pessoa começa a ter problema de falta de insulina porque devido a um problema imunológico, o corpo começa a destruir as células do pâncreas. Em alguns casos o corpo destrói por completo a células do pâncreas fazendo com que este não seja mais capaz de produzir insulina. Em outros casos ocorre deficiência na quantidade de insulina produzida por destruição parcial das células do pâncreas.
Normalmente é uma doença genética e que pode ter associação com algumas outras doenças virais. É uma doença mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens, diferente da diabetes do tipo 2. De todos os casos de diabetes a diabetes do tipo 1 representa cerca de 8% dos casos, sendo a maioria do tipo 2 mesmo.
Na diabetes tipo 1 acaba existindo a necessidade de tratamento com insulina sintética, visto que o corpo não é capaz de produzir a insulina necessária para manter os níveis normais de açúcar no sangue.
Diagnóstico Diabetes
O diagnóstico da diabetes depende basicamente da realização de exames para verificação da quantidade de açúcar no sangue. Em alguns casos pode ser que com apenas um exame o médico dê o diagnóstico da doença para o paciente, mas o protocolo sugere que o diagnóstico seja realizado a partir da realização de 2 exames do resultado positivo. Existem 3 tipos de exames que normalmente são utilizados para checkup e diagnóstico da doença.
Exames para identificação de diabetes
Glicemia em jejum
Exame responsável por aferir o nível da sua glicose no sangue, mais conhecido como a “furadinha no dedo”. Os valores de referência para chegar no resultado seguem uma tabela:
Glicose normal: 65 a 99 (mg/dL)
Valores acima de 100 - Novos exames devem ser solicitados
Valores acima de 126 md/dL - Mostra um aumento fora dos níveis “aceitáveis” e é o sinal mais evidente de que as coisas não andam muito bem.
Valores acima de 200 md/dL - São valores hiper altos de glicose no sangue, o que sugere a presença da diabetes no organismo, um novo exame deve ser solicitado.
Hemoglobina glicada
Hemoglobina (Proteína presente na célula do sangue) + Glicada (Nível de Glicose)
A diferença principal para o exame de glicemia em jejum é o tempo em que se tem condições de avaliar a quantidade de açúcar disponível no sangue . O exame de hemoglobina glicada verifica a quantidade média de glicose no seu corpo nos últimos 90 dias, diferente do exame da glicemia em jejum que verificar apenas a quantidade de açúcar disponível no sangue no momento da verificação.
Como o exame de glicemia em jejum pode sofrer alterações por conta do próprio paciente que não fez o jejum de forma correta, o exame de Hemoglobina Glicada dá um resultado com uma amostragem maior para o médico passar o diagnóstico correto.
Pessoas saudáveis: entre 4,5% e 5,7%.
Anormal entre: 5,8% e 6,4%
Consistente para diabetes: maior ou igual a 6,5%.
Pessoas com diabetes a referência é um valor abaixo de 7%
Curva glicêmica
Exame responsável por aferir a curva de absorção glicêmica do seu corpo. Ou seja, um gráfico é gerado com os níveis de liberação de insulina.
O exame consiste na ingestão de uma certa quantidade de glicose e na aferição do nível de glicose no sangue antes e 2 horas depois da ingestão.
As referência para jejum são de 100mg /dL e passado as duas horas 140 mg/dL. O diabetes é diagnosticado se após 2 horas da ingestão da dose de glicose o índice glicêmico no sangue chegue a 200 md/dL.
Fatores de risco e prevenção da diabetes tipo 1
No caso da diabetes do tipo 1, não existe nenhum tipo de exame para prever a doença ou forma de preveni-la.
Sintomas diabetes tipo 1
Diferente da diabetes tipo 2 onde os sintomas inicialmente podem passar despercebidos, na diabetes tipo 1 os sintomas aparecem de forma bem rápida, principalmente vontade de ir ao banheiro urinar frequentemente, emagrecimento rápido e muita vontade de beber água ao longo do dia.
O questão do emagrecimento rápido no caso da diabetes tipo 1 se deve ao fato do corpo não estar conseguindo transporte energia para dentro das células. Neste cenário o corpo acaba utilizando a gordura que tiver estocada como fonte de energia. Além da gordura nosso corpo começa a utilizar músculo também, num processo de catabolismo, ou seja produzir energia a partir das nossas células musculares.
O processo de transformar a gordura estocada em fonte de energia, causa um problema chamado de cetoacidose diabética química, onde os sintomas envolvem principalmente perda de apetite, vômito, dor no abdômen, pele avermelhada e seca, dificuldade de acordar e um cheiro forte e frutado no hálito, tecnicamente chamado de hálito cetônico.
Caso você tenha algum parente com diabetes do tipo 1 na família, vale a pena ficar atento aos sintomas e realizar um checkup anual avaliando os níveis de açúcar no sangue.
Consequências da diabetes
Se o seu pâncreas para de produzir insulina ou produz em quantidade insuficiente, o seu sangue terá muitas moléculas de açúcar, subindo assim sua taxa de glicose no sangue.
Como mencionamos anteriormente, em medida de emergência o nosso corpo começará a utilizar nossos músculos e gorduras em forma desesperada de tentar entregar energia para nossas células, além dos sintomas citados a liberação de moléculas de gordura em nosso sangue acaba gerando elevação das taxas de triglicerídeos e colesterol e também de glicose, pois parte as moléculas de gordura também são quebradas e transformadas em mais açúcar, aumentando ainda mais o nível de açúcar no sangue.
Tudo começa a virar uma bola de neve, a arterioesclerose, que é o acúmulo de colesterol, triglicerídeos e gordura nas paredes das artérias, começa a torna-las mais estreitas, rígidas e obstruídas. O que te faz muito mais suscetível a um AVC, infarto, hipertensão (pressão alta) e doenças relacionadas a má circulação do sangue.
O que era pequeno lá no início pode virar uma grande bola de neve e comprometer vários órgãos vitais para a nossa saúde e qualidade de vida, como: coração, rins.
Vamos dar um exemplo para explicar melhor como orgãos como coração e rins acabam sendo afetados. O coração é afetado de duas formas, primeiro devido a má circulação do sangue devido a obstrução das artérias, segundo porque em decorrência a isto temos aumento de pressão arterial e maior exigência do coração, ele precisa fazer mais esforço para bombear o sangue no seu corpo, um maior esforço do coração de forma continua tende a diminuir sua expectativa de vida de forma considerável. Já nossos rins, mais conhecidos como órgãos responsáveis por filtrar nosso sangue, ficarão sobrecarregados, pois terão que trabalhar muito mais para filtrar altos níveis de açúcar no sangue. Muitas vezes ele chega ao ponto de não conseguir realizar mais tal função e começa a funcionar tão mal que acaba liberando glicose na urina. Se você por acaso se deparar com formigas em volta do vaso sanitário, pode ser um indicativo de que alguém está sofrendo deste problema.
Vamos para outros órgãos que sofrem com os malefícios da doença.
Olhos:
A diabetes pode afetar diretamente a retina, uma membrana responsável por transformar a luz que chega em nossos olhos em estímulos nervosos que graças ao nosso cérebro se transformam em imagens, nas coisas que nós enxergamos. Um dos problemas causados pela diabetes são os sangramentos nessa membrana. É importante lembrar que uma vez que a retina é lesionada, não há possibilidade de recuperação, o que pode acabar de vez com a sua visão.
Cicatrização
Não é difícil encontrar relatos de pessoas que perderam membros, dedos, pés e outras partes do corpo por conta da Diabetes em estado crítico. Isso ocorre por conta da dificuldade do sangue de chegar nas partes da extremidade do nosso corpo, para ocorrer a cicatrização da parte ferida é necessária uma boa circulação de sangue no local.
Ereção
Segundo o Massachusetts Male Aging Study, 28% dos homens com diabetes apresentavam disfunções eréteis, diferente de um homem não-diabético que tinha 9,6%. São 3 vezes mais chance de ter disfunções eréteis. A maioria dos casos está ligada a Aterosclerose, que é a diminuição do diâmetro interno dos vasos sanguíneos e dificuldade para manter o fluxo.
Tratamento da diabetes
Quando descobrimos os malefícios que a doença pode trazer para o nosso corpo é assustador e o fato de não haver “cura” ainda nos trás ainda mais preocupação, porém, existe tratamento sim e a diabetes é uma doença que pode ser controlada. Seguindo corretamente o tratamento prescrito pelo médico, uma pessoa pode levar uma vida sem ou com mínimas consequências do diabetes.
O tratamento do diabetes pode ser dividida em 4 pilares básicos, são eles: exercício físico, dieta, controle glicêmico e aplicação da insulina para controle. No caso da diabetes tipo 1 o principal tratamento é a base da insulina sintética.
Vamos listar alguns dos medicamentos disponíveis, mas é preciso procurar um médico especialista para determinar como deverá ser realizado o tratamento em cada caso. Se automedicar pode ser perigoso, você corre o risco de não resolver o problema e vir a agravar ainda mais a doença. Vale reforçar ainda que uma alta dose de insulina pode levar a um quadro grave de hipoglicemia que pode evoluir até para morte em minutos.
Tipos de Insulina
Diferente do diabetes tipo 2, o principal tratamento do diabetes tipo 1 é a insulina sintética. Existem no mercado vários tipos de insulina, a maior diferença entre elas são o tempo de efeito no corpo humano. A escolha por uma delas varia de acordo com vários fatores como: objetivos, idade, saúde geral, fatores de risco e atividades diárias são alguns dos pontos considerados na hora de escolher um dos tipos de insulina. No quadro abaixo detalhamos alguns tipos de insulina, como: Insulina regular, Insulina NPH, análogo de insulina, pré-mistura. Confira:
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes
Aplicação da Insulina
Quando o paciente chega ao diagnóstico de Diabetes tipo 1 é necessário que ele faça a conferência do seu nível de glicose diariamente para que a aplicação da insulina seja feita de forma correta e segura. A aplicação da insulina é feita através de seringas ou canetas desenvolvidas para aplicação da insulina, ela deve ser aplicada na camada subcutânea da pele, que fica logo abaixo da pele (parte com células de gordura) a fim de melhorar a absorção da insulina pelo corpo. Ainda não existe insulina pílulas ou cápsulas, pois os sucos gástricos do estômago interferem em sua eficácia. O melhor local para aplicação da insulina é no abdômen, por conta da facilidade de absorção e também pela praticidade na aplicação, pois as células de gordura são facilmente acumuladas na região, porém a aplicação também pode ser feita em outras parte do corpo como parte de trás do braço, nádegas e coxas.
É importante o rodízio do local de aplicação. Na região do abdômen, por exemplo, evite aplicar no mesmo local. Aplique um dia na direita outro na esquerda, sempre alternando o local de aplicação. Evite que a aplicação seja feita numa área de 5 cm em torno do umbigo e não aplique em cima de cicatrizes ou ferimentos. Fique atento também para que a aplicação seja feita somente na camada de gordura e que NÃO atinja os músculos.
Medicamentos diabetes tipo 1
Metformina.
Glifage
Glifage XR
Dúvidas comuns
Tenho diabetes, é o fim?
Na maioria dos casos a morte em decorrência da Diabetes é mais um descuido do paciente com o próprio corpo do que de fato pela doença. A medicina evoluiu muito no tratamento da doença e as drogas de hoje contribuem para um dia a dia de uma pessoa comum. Novas formas de tratamento também estão disponíveis no mercado e a tendência é de evolução ainda maior no tratamento da doença.
Irei me tornar um dependente químico utilizando insulina?
Não. Mas se você for diagnosticado com diabetes e não fizer seu uso quando necessário você pode sim morrer por causa disto. A insulina não causa dependência química nem psicológica.
Tenho diabetes, nunca mais vou poder comer doces?
Não, é mais uma das lendas populares criadas ao longo de anos. O mesmo vale para o consumo MODERADO de álcool. Procure um médico especialista e se informe.
Importante
Este site possui conteúdo apenas informativo, este é seu único objetivo. Não dispensa consulta ao médico. Não se automedique de forma alguma. Consulte seu médico antes de achar que esteja com um problema. Informação quando bem utilizada é uma excelente forma de prevenção. Faça bom uso das informações e evite criar um falso diagnóstico em sua mente sem ter consultado um médico.